E é isso: eu sempre vou embora. Sempre tenho medo do próximo passo. De como posso ser tão feliz se não abandonar tudo, porque sei que não vou conseguir suportar quando as coisas começarem a desmoronar, e elas vão, acredite no que digo. Sempre estrago o que passa por mim, é só uma questão de tempo. E se você cruzar comigo no meio do caminho quero me desculpar adiantadamente por ser tão assustada e medrosa. Talvez pense que pode me consertar, mas já sei como tudo vai terminar e por isso devo insistir que me solte. Houve outras pessoas com a mesma determinação que a sua, é como querer escalar o Monte Everest: pode achar algo novo e muito divertido no inicio, aguentar firme nas primeiras dificuldades, porém na metade do percurso vai estar cansado e incapaz de continuar. Vai tentar ficar para provar que não é igual ao todo resto até não conseguir mais, e antes de chegar ao topo irá cair. Irá cair de uma maneira tão leve como uma folha, mas deixe-me compartilhar um segredo: Você já vai estar morto antes mesmo da grande e terrível queda, e poderia sair sem muitos danos se tivesse aceitado desde o começo que não estava preparado para algo assim. Sabe como sei tanto? É tão simples que chega a ser ridículo: eu sou uma causa perdida, e não quero mais ser a responsável por tantas mortes. — Os porquês de Amélia Roswell.

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